Boneco do Tom combinando com a cor da medalha é entregue durante as cerimônias de premiação e encanta pela exclusividade. Daniel Dias fala em presentear a torcida.
Depois do sucesso do amarelinho Vinícius na Olimpíada, chegou a vez de Tom, o mascote verdinho da Paralimpíada, virar sucesso entre os medalhistas dos Jogos Rio 2016. Além da simpatia e irreverência em suas apresentações pela cidade, é o estilo durante as cerimônias de premiação que tem dado o que falar. Os atletas que conquistam um lugar no pódio são presenteados com um boneco estilizado e exclusivo, com os cabelos de Tom nas versões ouro, prata e bronze. Alguns já fazem planos de presentar a família e até mesmo a torcida.
Daniel Dias, ouro nos 200m classe S5, prata no revezamento 4x50m livre e bronze nos 50m borboleta S5, é o único brasileiro até aqui que coleciona um de cada. Mas o nadador ainda não decidiu o que fazer com os mascotes que ganhou. O fenômeno da natação brasileira gostaria de presentear a família e, quem sabe, a torcida também, já que ainda briga por mais medalhas e, consequentemente, mais Toms.
– Vou nadar dia após dia e, no dia 17 (último dia de provas da natação), vamos ver quantos eu consegui. Talvez, na empolgação, eu até jogue algum. O objetivo é levar para casa, porque tenho dois filhos, esposa, mãe, sogra, cachorro… Todo mundo quer. Mas vamos ver a empolgação da torcida – brincou o nadador.
Campeão paralímpico e recordista mundial dos 100m T47, Petrúcio Ferreira garantiu seu Tom de “cabelos loiros” neste domingo e já adiantou que não adianta pedir, o mascote personalizado já tem dono – ou melhor, dona:
– Vai ser o presente da minha mãe. Ela já até perguntou quando eu chego. Vai ser o presente dela, com certeza.
Enquanto isso, Shirlene Coelho, campeã do lançamento do dardo classe T37, esperava receber o original e teve uma grata surpresa.
– É bem diferente, porque a gente esperava o do cabelinho colorido. Ele vindo com a cor da medalha, a gente pode apenas mostrar ele (o mascote) que todo mundo vai saber – disse a medalhista de ouro.
Prata no judô na categoria até 70kg, Alana Maldonado perdeu 90% da visão por conta da doença de Stargadt, que ocasiona a degeneração macular juvenil. Apesar da dificuldade para enxergar, ela consegue perceber a diferença das cores se chegar bem perto do mascote e comemorou o presente combinando com a medalha.
– Achei fantástico o fato de ser da mesma cor da medalha. É muito lindo, um presentão. Para mim, ele é único por ser igual à minha medalha – comemorou a jovem de 21 anos.
Nosso “Neymar paralímpico” Daniel Martins, campeão paralímpico dos 400m T20,se identificou com o mascote. Principalmente com a cabeleira:
– É diferente, é quase igual ao meu (risos). Ficou muito legal. Cabelo seria verde, né. Ficou muito bonito, cor diferente para cada medalha.
Fonte: Globoesporte.com – Rio de Janeiro