O judô cearense está em luto. Faleceu nesta segunda-feira (6), pela manhã, o mestre Milton Moreira, um dos pioneiros do judô no Estado. O professor Milton Nunes Moreira morreu aos 100 anos e teve uma vida ligada ao esporte, sendo o fundador da renomada Academia Sol Nascente.
Nascido em Fortaleza em 24 de janeiro de 1917, trabalhava como alfaiate quando foi convidado a praticar jiu-jitsu na academia de seu cliente, Nilo Veloso. Chegou à graduação de faixa marrom na modalidade. Mas em 1958 conheceu a arte o judô por meio do professor Antônio Lima Aguiar, judoca que vinha do Rio de Janeiro, e resolveu se dedicar exclusivamente a arte do “caminho suave”.
Doze anos depois, em 1966, recebeu da Confederação Brasileira de Pugilismo (a Confederação Brasileira de Judô ainda não havia sido fundada, o que só ocorreria em 1969) a faixa preta, se tornando o 1º judoca a ser graduado no Estado, já que todos os demais haviam chegado ao Ceará já graduados. Em 1967, inaugurou a segunda academia de Judô do Ceará, denominada Centro de Judô Cearense, que pouco tempo depois mudaria o nome para Judô Clube Sol Nascente, a mais antiga em atividade, com 50 anos. Ao longo desse tempo, mais de 150 judocas da academia receberam a faixa preta.
A Federação Cearense de Judô (Fecju) emitiu uma nota de pesar, em seu site oficial, sobre o falecimento do mestre. “É com profundo pesar que a Federação Cearense de Judô comunica o falecimento do Shihan Milton Nunes Moreira. A FECJU por meio de seu Presidente e associações, expressam solidariedade aos familiares e amigos do professor Milton e a todos da Associação Judô Clube Sol Nascente”.
O corpo será velado a partir das 14 horas na sala 01 do cemitério Parque da Paz (Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 4454 – Passaré), em Fortaleza. O sepultamento aconteceu hoje no mesmo local às 17:30.
O site Judô Nacional expressa sua solidariedade a todos os familiares do Kodansha.