Portela é eliminada após dar golpe irregular em austríaca nas oitavas

Gaúcha do peso-médio (até 70kg) demonstra a sua famosa entrega na lutas, porém fica pelo caminho ao aplicar técnica proibida no golden score contra Bernadette Graf

 

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97 O apelido de Maria Portela é Raçudinha. A judoca do peso-médio (até 70kg) é conhecida por sua enorme entrega dentro do tatame e fez jus à fama na Arena Carioca 2. Foi na raça que a gaúcha venceu na manhã desta quarta-feira a sua estreia na Rio 2016 contra a marroquina  Assmaa Nianag, no golden score, e avançou à oitavas de final do peso-médio (até 70kg). A próxima missão, porém, era muito mais dura. E a judoca de 28 anos, a número 14 do ranking, não conseguiu compensar na vontade a sua menor estatura e a inferioridade técnica diante da austríaca Bernadette Graf, número 4 do mundo. Maria levou a luta para mais um golden score, mas acabou sendo desclassificada por dar um golpe irregular. Ela tentou projetar a rival sem pegar no quimono da europeia. Incrédula com o seu vacilo, Portela chorou muito ao deixar o dojô.

 

 

 

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A VITÓRIA NA ESTREIA

A luta começou bastante truncada. Mais baixa que a marroquina, Maria enfrentava dificuldade para encaixar a sua pegada. O jeito era se movimentar bastante para tentar driblar a oponente. A gaúcha fez o que era para feito e começou a dominar a luta. Mas não conseguia entrar golpe.

Foram passando os minutos e o que se via era a mesma disputa incessante pela pegada. Como as duas lutadoras não entravam com as técnicas, as punições foram se sucedendo. Foram duas para cada luta. O combate só tinha um caminho natural: o golden score.

No desempate, quem forçasse uma penalização da adversária ou projetasse a rival estaria classificada para as oitavas de final. Aí pesou a raça de Portela. Com 29 segundos de golden score, ela encaixou um seoi nague, técnica mais famosa de braço, e derrubou a africana, que caiu de lado. Era yuko para Maria. Era vitória do Brasil.

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DESCLASSIFICAÇÃO NAS OITAVAS

O duelo pelas oitavas de final era uma pedreira para Portela. A austríaca Graf tomou a iniciativa da luta e partiu para cima da brasileira. Mais alta que a judoca da casa, a europeia dominava a pegada com facilidade, obrigando mais uma vez uma maior movimentação de Maria.

O tempo foi passando e nada de entrada de golpe. Assim, as duas acabaram sendo punidas por falta de combatividade. As lutas femininas tem quatro minutos, um a menos do que as dos homens. O caminho para o golden score é mais rápido. E ele foi percorrido.

No segundo desempate de Maria Portela na Rio 2016, a gaúcha demonstrou estar com muito mais vontade de vencer. Era tanto ímpeto que ela acabou cometendo uma irregularidade. Mesmo sem pegar no quimono da rival, uma obrigação dos lutadores para entrar golpe, a peso-médio tentou projetar Graf e acabou sendo desclassificada.

Fonte da matéria: http://globoesporte.globo.com/

Fotos: Cristiane Ishizava – Judô Nacional

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