Beatriz Souza vence duelo brasileiro, fatura primeiro our em Grand Slam na carreira e Brasil fecha competição com dezessete medalhas
Maria Suelen Altheman, David Moura e Rafael Buzacarini levam a prata em Brasília
As arquibancadas do Centro Internacional de Convenções do Brasil ficaram lotadas e empurraram os judocas brasileiros no último dia do Grand Slam de Judô. A retribuição veio com pódios: foram quatro medalhas, sendo uma de ouro e três de prata, e que fecharam a caminhada da modalidade em Brasília nesta terça-feira (8). Beatriz Souza levou a medalha de ouro, enquanto Maria Suelen Altheman, David Moura e Rafael Buzacarini ficaram com a prata.
Bia Souza entrou no tatami do CICB nas quartas da categoria Pesado feminina, contra Renee Lucht (GER), e venceu o confronto com um ippon. Na semifinal, duelo equilibrado contra a francesa Julia Tolofua. Beatriz soube conduzir a luta e venceu a adversária nas penalidades (shidos). Na final, duelo brasileiro contra Maria Suelen Altheman, que chegou ao duelo final vencendo a chinesa Jiang Yanan e a portuguesa Rochele Nunes por ippon. No duelo decisivo, Bia conseguiu um ippon e sagrou-se campeã de um Grand Slam pela primeira vez.
“Foi muito mais do que maravilhoso ganhar esse ouro aqui no Brasil. Estou muito feliz e vou continuar trabalhando forte porque ainda tem muito pela frente. Uma vitória sempre levanta a auto-estima, fico mais confiante e vou seguir mais forte”, disse Beatriz, que já tinha conquistado dois bronzes, em Ecaterimburgo (2018) e Abu Dhabi (2017). Foi a terceira medalha de prata em Grand Slam de Suelen.
David Moura conquistou a prata na categoria Pesado masculina. O judoca brasileiro precisou de 40 segundos para conseguir um ippon sobre Freddy Figueroa (ECU) e avançar para as quartas, onde fez um grande duelo contra o ucraniano Yakiv Khammo. David conseguiu um waza-ari no golden score e avançou para encarar Rafael Silva na semifinal. No embate entre brasileiros, Moura conseguiu forçar três shidos em Rafael e seguiu para a final contra o francês Teddy Riner. Na decisão, Riner acabou conseguindo um ippon logo no início do confronto e levou o ouro.
“Teddy é sempre um adversário a ser batido, é sempre bom lutar com ele independente do resultado. Acho que lutei bem todas as lutas, não dei sorte na final mas foi um bom resultado, ganhei pontos importantes na corrida olímpica e acredito que foi um grande dia aqui no Grand Slam. Estou bastante feliz com essa medalha de prata”, concluiu David Moura.
A terceira prata veio com Rafael Buzacarini, que avançou nos dois primeiros confrontos por ippon: sobre o búlgaro Daniel Dichev e o russo Niiaz Bilalov. Na semifinal, vitória sobre o egípcio Ramadan Darwish nas penalidades (shidos). Na grande decisão, encarou o atual campeão do Grand Slam de Dusseldorf, o japonês Kentaro Iida. Rafael forçou uma punição no adversário, mas acabou sofrendo um ippon faltando um minuto para o fim e ficou com o segundo lugar.
“Consegui avançar bem na competição. Veio a medalha de prata, mas eu queria o ouro. Mesmo assim, fico feliz com o meu resultado. É uma sensação incrível disputar um Grand Slam em casa. Espero continuar fazendo bonito e continuar somando pontos no ranking”, avaliou Buzacarini.
Rafael Silva, o Baby, terminou em quinto lugar após perder por ippon para Inal Tasoev (RUS). Juscelino Junior, Rafael Macedo, Leonardo Gonçalves e Samanta Soares terminaram em sétimo lugar. Igor Morishigue, Cleyanderson Silva, Eduardo Bettoni, André Humberto, Lucas Lima, Tiago Palmini, Giovanna Fontes, Camila Ponce, Sibilla Faccholli e Luiza Cruz também estiveram no tatami do CICB nesta terça, mas não passaram da fase preliminar.
Com isso, o Brasil terminou o Grand Slam de Brasília na primeira posição geral, com quatro medalhas de ouro, nove pratas e quatro bronzes. Japão, Grã-Bretanha, Cuba e Itália fecham os cinco primeiros da competição.
Fonte: CBJ
Fotos: Cristiane Ishizava/Judô Nacional