Francisco de Carvalho responde às acusações que lhe foram feitas

Acusado de cometer negligência administrativa, dirigente paulista se defende e esclarece pontos da matéria publicada recentemente.

Questionado sobre a matéria publicada no dia 22 de dezembro, Francisco de Carvalho Filho esclareceu que todos os convênios firmados entre a Federação Paulista de Judô (FPJudô) e a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo (SELJ-SP) seguiram a legislação vigente.

“Diante do que foi exposto, esclareço que todos os convênios firmados entre a FPJudô e a SELJ-SP no referido período passaram pelo crivo de diversos setores, seguiram a legislação vigente referente à modalidade de repasse e executamos as respectivas prestações de contas”, explicou Chico do Judô.

O dirigente pontuou que os tatamis oficias têm custo muito mais elevado e lembrou que, em determinados fins de semana, há dezenas de eventos simultâneos em todo o Estado.

“Com relação às contratações de serviços e locações de material esportivo, destaco que a FPJudô jamais usou tatamis de EVA, ou das marcas relacionadas pela reportagem. Utilizamos apenas tatamis oficiais importados da marca Recoma, que além de apresentarem medida, espessura e densidade específicas, atendem às exigências da Federação Internacional de Judô (FIJ). Contudo, este produto possui um custo muito mais elevado. Fora isso, há fins de semana em que realizamos mais de uma dezena de eventos simultâneos em nossas delegacias regionais, e não dispomos de piso para atender a todas demandas. Para evitar maiores problemas, optamos por locar os tatamis utilizados nos eventos da SELJ”, explicou o dirigente que ainda quantificou o número de competições realizadas em cada temporada.

Contando com 12 áreas de disputa, a Copa São Paulo recebe em média 3500 atletas. Mesmo montando áreas menores, somente neste evento, a FPJudô utilizou 520 peças de tatamis olímpicos

Contando com 12 áreas de disputa, a Copa São Paulo recebe em média 3500 atletas. Mesmo montando áreas menores, somente neste evento, a FPJudô utilizou 520 peças de tatamis olímpicos

“A Federação Paulista possui 16 Delegacias Regionais de Judô (DRJ) e cada uma possui características distintas com números específicos de atletas, dojôs e municípios atendidos. Algumas DRJs promovem até dois eventos semanais. Entre cursos, clínicas, competições regionais, inter-regionais e estaduais, sem dúvida alguma o judô paulista realiza mais de 300 eventos anuais que nada têm a ver com o calendário da SELJ e do Governo do Estado.”

Francisco de Carvalho enfatizou que a prática do judô e a realização dos certames da modalidade possuem características específicas.

“A reportagem desconhece que nossos eventos possuem peculiaridades e características específicas que extrapolam a área de disputa. Além das chamadas áreas de segurança utilizadas obrigatoriamente em todas competições oficiais, em determinados certames usamos centenas de tatamis para montar áreas de aquecimento. Além disso, a SELJ não quantificava o número de peças utilizadas em cada competição. Ela estipulava uma quantidade específica para todas competições e tínhamos que nos adequar. Nossos campeonatos são muito maiores do que as competições nacionais, o que faz com que as disputas demandem maior logística e dinâmica”, explicou o dirigente, que detalhou os preços dos tatamis oficiais.

“Fomos acusados de pagar preços exorbitantes na locação, mas o custo real de um tatami olímpico supera 900 reais e, inevitavelmente, a aquisição deste material incidiria em despesas de armazenamento num local adequado, sem excesso de calor e humidade zero. Não era a FPJudô que fazia os pagamentos e sim a SELJ, autarquia à qual cabia o pagamento de todo o material locado para os eventos promovidos e realizados pelo Governo do Estado de São Paulo. Quem arcaria com as despesas de armazenamento, seguro e manutenção dos tatamis e do material restante usado numa competição?”, indagou o dirigente.

No exame para faixas pretas desta temporada, São Paulo formou 392 judocas e anualmente o Estado produz mais da metade dos faixas pretas formados no BrasilNo exame para faixas pretas desta temporada, São Paulo formou 392 judocas e anualmente o Estado produz mais da metade dos faixas pretas formados no Brasil

Francisco de Carvalho encerrou destacando a lisura e o pioneirismo de uma entidade que há quase 60 anos fomenta no Estado de São Paulo o desenvolvimento da modalidade com maior retrospecto olímpico no Brasil.

“A FPJudô é pioneira em quase todas as iniciativas que visam salvaguardar a integridade física dos atletas, técnicos e professores. Desde quando assumimos a primeira gestão, arcamos com todas as despesas referentes ao transporte aéreo, alimentação e hospedagem das equipes que representam nosso Estado nas competições nacionais. Por volta de 1995, fizemos a primeira importação de tatamis olímpicos para o Brasil, e nosso intuito era oferecer aos atletas paulistas a mesma proteção disponibilizada aos judocas europeus. Equipamos constantemente as nossas 16 delegacias regionais com o que há de mais moderno em tatamis e placares eletrônicos. Desde que assumimos o compromisso de projetar o judô paulista no cenário nacional, mantivemo-nos firmes em prol do desenvolvimento da modalidade, sendo esse o meu compromisso com os atletas, a comunidade judoísta e a sociedade.”

 

Por PAULO PINTO | Fotos BUDOPRESS

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